Hoje a Néia, minha amiga de longa data, apareceu no escritório com umas fotos
i-n-c-r-í-v-e-i-s do acervo do pai dela... Não resisti e na hora resolvi digitalizar e publicar ...
Meu pai, que na época era um guri, contou que lembrava da enchente, e que a queda de uma ponte havia provocado a queda da outra ponte, notícia que abalou o estado, comentou um fato muito curioso, que um engenheiro envolvido na construção da ponte estava sobre ela, para atestar que ela era estável e não caíria quando opssss.... a ponte caiu e ele foi junto!!!
Resolvi me certificar, então encontrei uma matéria do Correio do Povo que contava que um engenheiro paulista havia caído junto com a ponte, no dia 18 de agosto de 1965. Seria cômico se não fosse tão triste e avassalador.
Uma ponte ruiu primeiro, e seus destroços ficaram entalados junto à segunda ponte, aumentando o nível e a força da água e fazendo com que esta ruísse também.
A ponte havia sido inaugurada em 22 de novembro de 1962 e estava localizada sobre o Rio Pelotas, na BR 116, entre Lages e Vacaria. O estado do RS ficou isolado do resto do Brasil até que dois dias depois o exército montou uma estrutura provisória de ligação. Hoje já temos novamente uma ponte lá.
Dá uma olhada na seqüencia de fotos a seguir, são muito legais!!!
Pontes antes da enchente:




Foto da ponte atual, a fonte é o site do Ministério dos Transportes. Essa é uma das maiores pontes feita em concreto protendido no Brasil. Em 1965 era o segundo maior vão do mundo em pontes, com 189 mts perdendo apenas para a ponte sobre o Reno, em Bendorf, com 208 mts de vão. No site eles tem muitos detalhes da ponte, para quem interessar o link é este: http://www2.transportes.gov.br/bit/pontes/pt_divisa/br116-pt_passo/GPTPASSO.htm
Muito interessante sua matéria, estou com 64 anos, e era um menino quando a ponte caiu.
ResponderExcluirMinha lembrança é muito viva pois o motorista do ônibus foi quem me trouxe no dia 07 de agosto de 1965 de São Paulo a Lages.
Eu tinha 4 anos de idade e passei com meu pai pela ponte de balsas da foto construída pelo exército, voltávamos de SP, na ida passamos na ponte nova da foto destruída pela enchente e na volta pelas balsas, tenho as mesmas fotos que na época meu pai comprou por lá e conheço a história do engenheiro também. Dércio, Canoas RS.
ResponderExcluirA muitos anos não via essas fotos, mas as reconheço muito bem.
ResponderExcluirNa época eu tinha 7 anos e morava na cidade de Lages(SC) a poucos quilômetros do local. Eu e meus irmãos fomos com nosso pai até o local para ver o ocorrido. Contrariando as recomendações de nossa mãe, não resistimos a curiosidade de andarmos na ponte feita com balsas. Fotos iguais a essas foram compradas por meu pai e cada vez que recebíamos visitas de outros municípios elas eram apresentadas para ilustrar o fato.
Embora o assunto tenha sido trágico, nesse momento foi uma boa lembrança da minha infância, que já vai longe.
Engº Luiz Antônio Lavina
Eu também me lembro, estava na casa do meu tio que tinha um Hotel no passo do socorro, quando a ponte caiu, tinha 12 anos.
ResponderExcluirEnf. Luiz Carlos Junker
Meu Pai David Bandt fez parte do batalhão que construiu a ponte de emergência, na época ele estava servindo o exército e morava na região de Tangará-SC, conta que era uma época de frio muito intenso.
ResponderExcluirMartim Bandt Neto
Oi Martim! Que legal ter histórias de família para lembrar né? Imagina só as dificuldades que foram enfrentadas!!!
ExcluirMe chamo Edison Lacerda Gonçalves, eu tinha 6 anos para 7 anos quando então atravessamos o rio na balça que o exército construiu, meu pai ajudou na construção ele se chamava Ari Gonçalves e eu gostaria que se alguém tiver alguma foto da época da construção ou que tenha participado da mesma entre em contato comigo, tenho lembranças muito fortes ainda na mente e sempre que passo pelo local eu conto a história a alguém que esteja comigo de que meu pai ajudou a construir a ponte...saudades! muitas saudades! meu pai veio a falecer logo em seguida de leucemia... logo tivemos que vir embora ele trabalhava de cozinheiro no exército onde então ajudou a participar da construção...
ResponderExcluirNo batalhão em Lages tem um museu com muitas fotos da época. Tem também um documentário no Youtube.
ExcluirPassei várias vezes pela ponte atual nos anos noventa, quando viajava de Blumenau (SC) a São Leopoldo (RS). Nunca tinha visto as imagens das pontes em ruínas. Mas sabia do ocorrido.
ResponderExcluirHa erro do lado Sul o 3o.Grupo de Artilharia de Caxias do Sul e não de Cachoeira , e o 6o. BEC de Bento Gonçalves e que lá acampamos e fizemos balizamento e Segurança e trouxemos perfis e parafusos e correntes que vieram na ferrovia de Caxias do Sul e levamos de caminhões eu dei Guarda nessa ponte com os colegas de farda dá Vcs e 1a Bateria não teve nada de Cachoeira , e sim Caxias Cleo soldado 121 QM o75 , hoje Advogado servi em 1965 !
ResponderExcluirNossa eu morava bem perto ao pé da Serra eu tinha quinze anos era MT frio e MTchuva teve quilômetros de caminhão foi uma época bem difícel lembro bem dessa enchente
ResponderExcluirinteressante,meu falecido pai, foi o ultimo caminhão que passou e ela caiu.
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