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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Feira de Arte de Cristina Mazzochi

A artista plástica (e pessoa muito foffys) Cristina Mazzochi está abrindo as portas do seu atelier ao público, realizando a Primeira Edição da Feira de Arte 2011.

Acontecerá do dia 17 ao dia 21 de Maio, das 14 às 21 horas.

Eu estive lá ontem e tem muitas coisas legais!! Tem telas, tem tecidos finos pintados à mão e objetos de decoração (tem uns puffes bem graciosos!). O endereço é na Rua Pistóia, 156 - próximo à Academia Pranadar, no Bairro Panazzolo em Caxias do Sul.

Abaixo postei algumas fotos do meu projeto de arquitetura de interiores para o Personal Royal Hotel que se tornou ainda mais charmoso com os trabalhos de arte da Cris!!




terça-feira, 17 de maio de 2011

Minha resposta para "Conversa com Danuza"

Então resolvi dar uma folhadinha na Revista Cláudia de Maio de 2011.


Uma obra - CLAUDIA


Vi a coluna Conversa com Danuza, da Danuza Leão, intitulada Uma Obra (que o link está acima), em que ela relata a felicidade e as agruras de se ter uma obra em casa. Concordo com alguns pontos, porém percebi que problemas que acontecem em certos momentos da obra podem deixar os clientes bem chateados, mas tenho um segredo para contar: SEUS PROBLEMAS PODEM SER MINIMIZADOS, É SÓ CONTRATAR UM ARQUITETO COMPETENTE...

Fui ver depois, em uma matéria da Casa Cláudia (http://claudia.abril.com.br/materias/4846), que a Danuza costuma ela mesma criar e executar seus projetos... É, está explicado porque "a paciência vai acabando, a casa não fica pronta e tem que tomar 500 decisões por dia"... Em que lugar colocar a tomada de telefone?? Usando mais um trecho da matéria "Dificil saber onde colocar a tomada do telefone se ainda nem decidiu onde vai colocar o sofá"..... É, minha amiga, esse contratempo poderia ter sido evitado com um simples layout, antes mesmo de começar toda a quebradeira e a poeira... Palavra chave em uma reforma: PLANEJAMENTO (tanto financeiro como cronológico).

Deixo bem claro que não estou colocando em discussão o bom gosto ou não da Danuza, nem a eficiência dos resultados. Meu questionamento é sobre a forma de executar e das agruras de uma obra não planejada. Usando novamente um trecho do texto: ....o dinheiro está no fim, só que precisa continuar. Raspa a poupança e tudo bem.... De novo a falta de? PLANEJAMENTO.

Eu mentiria se dissesse que executar uma reforma com as pessoas habitando a casa é tarefa fácil, porque não é! Imagine você acordar para tomar café da manhã e passar por alguma área isolada por lonas (para minimizar a poeira e a sujeira), ou então ter uma equipe de capacete e macacão de prontidão para lhe desejar um sonoro bom dia. Em um apartamento que eu estava trabalhando aconteceu uma situação até engraçada, o pessoal trabalhou durante o dia, e a noite quando o cliente chegou do trabalho deu de cara com uma cortina de lona isolando parte da casa. No dia seguinte me ligou rindo, mas dizendo que levou um susto, pois aquela lona preta isolando parte da casa parecia coisa de filme de terror, de serial killer... É pessoal, atrás daquela lona morria um dormitório para se transformar em parte da sala, com linda vista para um bosque. Trabalho concluído, apartamento limpinho e repaginado e todos viveram felizes para sempre....

Mas disso fica a dica: Não se aventure em uma reforma sem a orientação de um arquiteto. E não esqueça: planejamento é tudo!!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Do que eu gosto em Caxias? Residência de Abramo Eberle

Minha cidade, Caxias do Sul também tem muita coisa legal. Resolvi escrever um pouco sobre o que eu gosto aqui.

Uma das minhas escolhas é a Residência de Abramo Eberle, que está localizada na esquina da Rua Sinimbu com a Rua Borges de Medeiros. O que eu vou colocar aqui são fragmentos do meu trabalho de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, de 2002.

O projeto da Residência Abramo Eberle é do escritório Barcellos & Cia Ltda, de Porto Alegre. Segundo documentos localizados no Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, o projeto foi apresentado ao proprietário e sua família em agosto de 1938.

O projeto da residência foi aprovado na Prefeitura Municipal de Caxias do Sul sob o registro de número 60, no dia 12 de novembro de 1938, tendo como responsável por sua execução o arquiteto/construtor licenciado Sylvio Toigo.

A Residência Abramo Eberle apresenta aspectos que remetem a arquitetura do século XVI, mais especificamente a obras realizadas pelo arquiteto Andrea Paladio ao norte da Itália. Como referência nacional retoma a arquitetura que Ramos de Azevedo desenvolveu em São Paulo, no fim do século XIX .

A seguir, serão abordados os métodos de geração formal propostos por Mahfuz, que se encaixam no processo de geração formal da Residência Abramo Eberle.

Método Tipológico
A aplicação do método tipológico se baseia na geração de um novo artefato arquitetônico por meio de uma analogia traçada com um outro artefato arquitetônico pré-existente, (Mahfuz, 1995).

Utilização de Jardim separando a área pública da privada (calçada/jardim/casa):






Ao colocar lado a lado as plantas baixas da Villa Cornaro, de Palladio e da Residência Abramo Eberle, pode-se observar que ambas possuem um eixo direcionador que segue pela escadaria da entrada até os fundos. Outra observação, característica em outras obras de Palladio, é que “o salão central estrutura o partido cêntrico, e é ali que se concentra a tensão estética da planta, sua circulação” (Rocha-Peixoto, 2000). Em torno deste salão central (destacado nas plantas) acontecem os demais cômodos e o acesso às áreas sociais. Conclui-se então que o arquiteto se utiliza do tipo de organização espacial característica de Palladio para compor as relações entre as partes da Residência Eberle.



Método Mimético
Através desse método geram-se novos artefatos arquitetônicos através da imitação de modelos existentes. Baseia-se na escolha de um modelo, que é uma forma familiar e aceita, mas não o enxerga como algo a ser copiado tal e qual, mas acarreta um certo grau de invenção para adapta-los à novas circunstâncias.

Comparando algumas fachadas do arquiteto Andrea Palladio com a fachada da Residência Eberle se pode constatar que ambas usam o mesmo princípio compositivo. Um elemento centralizador, de destaque, onde está marcada a entrada principal, geralmente com escadarias e ornamentos.



A escadaria da Residência Abramo Eberle é em mármore, utilizando a técnica de analogia estilística do método mimético e fazendo, assim, uma referência com a intenção de “denotar o esplendor da entrada cívica ou o status e origens clássicas da arquitetura” (Porphyrius apud Mahfuz, página 88).

Agora que vocês já conhecem um pouco mais sobre os detalhes arquitetônicos da casa, tirem um tempinho para contemplá-la, ela merece. Pode ser até nos minutinhos de engarrafamento da Rua Sinimbu (isso eu definitivamente não gosto), hahaha.....

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Dica de viagem: Veneza









Bem, pra começar tenho que confessar que escrever sobre Amsterdam foi tão agradável que acabou me estimulando a escrever um pouco mais sobre minhas viagens. Acho que esta é uma forma bem gostosa de revivê-las então agora de tempos em tempos vou postar alguma dica de viagem!! Como eu citei Veneza no post de Amsterdam, resolvi aprofundar mais sobre essa cidade encantada...







Foto de Veneza (imagem de satélite, da NASA).




Um belo dia, lá estava eu em Milão, visitando o Salão do Móvel, que é referência para a arquitetura e o design mundial e acabei resolvendo dar um pulinho até Veneza. Saí do hotel de manhã bem cedinho (era umas 6:00 hs), fui de metrô até a Estação Central e lá embarquei no Eurostar para Veneza. Não lembro bem quanto tempo levou para chegar lá, mas deve ter sido algo em torno de uma hora e meia, duas horas. E explico porque não contabilizei bem o tempo: na ida a vista é tão fascinante, são lagos, montanhas ao longe com neve no topo, algumas construções com cara de castelos/fortalezas no meio do verde, que o tempo acaba se tornando insignificante. Já na volta, andei tanto por Veneza, estava tão cansada que acabei pegando no sono e dormindo de lá até Milão....



Chegando na estação de Veneza, corri os olhos e procurei direto pela estação de ônibus, oops, quer dizer, estação de barcos (que lá chamam de ferrovia). Comprei um ticket para desembarcar na Piazza de San Marco, que estava relativamente vazia. Quem me deu a dica de ir até lá de barco direto foi minha irmã, que esteve por lá no ano anterior e resolveu ir caminhando, e quando chegou lá deu azar, a praça estava lotada e tinha fila pra entrar em TODOS os lugares. (a dica tornou-se ainda mais válida depois que fiquei sabendo que no dia que estive lá, 25 de abril, é o dia de São Marcos, padroeiro da cidade).









No caminho para a Praça, de barco pelos canais, pude ter o prazer de fotografar o Palazzo C'Adoro, que foi construído entre 1421 e 1440. Ele ficou conhecido por este nome pelo fato de parte de suas fachadas terem revestimento em ouro e algumas incrustrações de pedras coloridas. Era característica forte da arquitetura veneziana a policromia nas fachadas , agora essa fachada, com ouro e pedras preciosas devia ser UM LUXO... De qualquer forma já é um grande privilégio poder apreciar a construção em tão perfeito estado de conservação, que hoje abriga um museu chamado Galleria Frachetti.








A praça é lindissima, emocionante. Resolvi entrar na Basílica de San Marco, tinha uma fila pequena, e como eu já estava lá, super valia a pena. Tivemos que esperar um pouco pra visita completa, pois na nave da igreja tinha um encontro de padres ecoando cânticos em homenagem a São Marcos. Sério, as perninhas tremeram de emoção. Parecia cena de filme. E a vista da praça, lá em cima do balcão dos Cavalos de São Marcos?? Só ela já valeria a visita. Por pura curiosidade e especulação: os cavalos são esculturas características da antiguidade clássica, dizem que estes cavalos podem ter adornado o Arco de Trajano, e foram parar em Veneza em 1204 como resultado de um saque em Constantinopla, durante as Cruzadas. Até Napoleão andou colocando suas mãozinhas neles em 1797, porém acabaram sendo devolvidos para a Basílica em 1815. Hoje eles estão em uma sala de exposições, e os que estão na fachada são réplicas em fibra de vidro.








Ao lado da Basílica, também na praça, tem uma construção imponente, construída no estilo gótico veneziano, chamada Palazzo Ducalle, também conhecido como Palácio dos Doges. Como eu estava visitando Veneza sozinha, e não estava presa a horários ou a guias, tive vontade de entrar. Valeu a pena. Dentro dele tem alguns fragmentos de construções antigas, como pilares, esculturas, pedaços de afrescos... Mas do que eu mais gostei foi da construção em si, das salas de reuniões, com mapas das rotas de comércio marítmos pintadas nas paredes, das salas administrativas... Tudo muito rico. O doge era o primeiro magistrado da República de Veneza (algo tipo um presidente, um primeiro ministro). O primeiro título de doge data do século IX. Uma pena que não era permitido fotografar as áreas internas! :-(

Pra quem gostou tem muito mais sobre o Palácio dos Doges no blog: http://castelosmedievais.blogspot.com/2009/11/palacio-dos-doges-de-veneza-maravilha.html





Vista interna do Palácio dos Doges.



Em frente ao palácio dos Doges está localizada a Torre do Relógio e o Campanille. Resolvi dar uma subidinha no Campanille, pra dar uma olhadinha... Posso dizer que a sensação de avistar Veneza em 360 graus é algo indescrítivel, parece que borboletas borbulham na barriga: Meu Deus, é belo demais... Bom, em resumo, já dizia Napoleão Bonaparte que a Praça de São Marcos era "O Salão mais belo da Europa". Eu ainda não conheço toda a Europa, mas assino embaixo, afinal quem sou eu para discordar de Napoleão??????





Depois desses passeios pela Praça de São Marcos, de apreciar a belíssima Torre do Relógio, construída no século 15 em tons de azul com os símbolos do zodíaco em dourado (veja mais em www.flickr.com/photos/betemaciel/4651842404) , o passeio agora continua em uma caminhada pelas ruelas de Veneza, à caminho da estação de trem para retornar a Milão. Muito gostoso o passeio, vi muitos palácios, algumas igrejas, os canais, as pontes, as gôndolas. Tudo mágico.


Na caminhada pude apreciar a famosa ponte de Rialto, que foi construída entre 1588 e 1591 com projeto do arquiteto Antonio da Ponte. Dizem que o projeto estrutural foi tão audacioso para a época que engenheiros não acreditavam que ela não caíria. Pois bem, vencidos os pessimistas, a ponte até que tem se mantido, e hoje ela é um marco na cidade.



E assim, se você está pensando em conhecer, acho melhor se apressar... Com essa história de aquecimento global e de que os níveis dos oceanos estão cada vez mais altos não sei como vai ser o mundo. Dá uma olhada na foto abaixo, me assustei com o fato de que em muitas casas as janelas hoje são portas...




Então, por hoje era isso... Beijo, beijo.






Home Theater contemporâneo

Home Theater em apartamento no Edificio Residencial Bosque Real - Caxias do Sul






A solicitação dos clientes era por uma proposta contemporânea e arrojada, com o objetivo de ter um ambiente agradável e aconchegante. Oba, vamos lá então, direto para a criação!!!
Através de pequenas alterações na planta original do imóvel, a sala de TV antes isolada dos demais ambientes ganhou status de ponto de encontro entre a área íntima e a área social, tornando-se amplamente utilizado no dia à dia da família e também em dias festivos.




Como a família curte demais relaxar assistindo a um bom show, o sistema de som e imagem foi elaborado no capricho, sempre considerando que apenas bons equipamentos de som não fazem milagres. É muito importante que as demais superfícies do ambiente como o revestimento das paredes e as cortinas sejam tratadas adequadamente para proporcionar conforto e qualidade acústica. Este home theater conta com um sistema de som 7.1, onde 4 caixas de som estão embutidas no rebaixe de gesso do teto, as outras 3 caixas e o subwoofer estão encaixadas em nichos no móvel já dimensionado em projeto para abrigar esta função. No nicho dimensionado para colocação do subwoofer, pode-se notar que ele foi intencionalmente colocado diretamente no piso para minimizar possíveis vibrações indesejadas. (As vezes, dependendo da intensidade dos efeitos de som o subwoofer pode “caminhar” ... É engraçado pra quem lê, só vendo mesmo pra entender, hehehe).




Optei pela utilização de tons mais sérios e fechados nos itens que acabei denominando como permanentes. Nas paredes, utilizei um tom de cinza claro, no piso um tom de pérola claro, na estante sob medida pintura em laca branca e lâmina de madeira natural no tom capuccino e estofado em veludo preto. O toque de cor ficou por conta do tapete em diferentes tons de vermelho e do painel decorativo que despertou no cliente amor à primeira vista colocado na parede atrás do sofá . Outra peça que agrega personalidade ao espaço é a cristaleira antiga belga em estilo art noveau, paixão da proprietária e que acabou dando um ar mais refinado ao ambiente.